Nas últimas semanas, o influenza H5N1, vírus causador da gripe aviária, voltou a figurar nas manchetes de todo o mundo.
Das cidades litorâneas do Daguestão, na Rússia, à costa do Peru, passando por fazendas de visons na Espanha e granjas nos Estados Unidos, foram vários os episódios registrados de milhões de animais que morreram (ou foram sacrificados) após terem contato com esse agente infeccioso.
Embora o risco ainda seja considerado pequeno, agências de saúde e pesquisadores do mundo inteiro aumentaram o nível de alerta sobre esse tipo de influenza e o potencial que ele possui de causar a próxima pandemia.
“Se o H5N1 ganhar a capacidade de ser transmitido de uma pessoa para outra, esse pode ser um dos problemas mais graves que a humanidade já enfrentou”, diz o virologista Edison Luiz Durigon, professor titular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).
A boa notícia é que, ao contrário do que ocorreu na covid-19, os governos e serviços de saúde já têm planos definidos sobre o que fazer caso um avanço do H5N1 se torne realidade — algumas vacinas, inclusive, já estão prontas ou em desenvolvimento agora.