O empresário e fundador, Aldo Vendramin, destaca que à medida que o agronegócio avança e as vias de transporte ganham importância crescente para o escoamento da produção, o tema da mobilidade rural segura assume destaque estratégico. Em regiões onde a logística rodoviária é essencial, trajetos entre fazendas, silos e rodovias federais, a velocidade, a qualidade das estradas e os sistemas de fiscalização fazem a diferença entre lucro e risco.
Nesse contexto, as lombadas eletrônicas, os radares de velocidade e as tecnologias de monitoramento se revelam mais do que equipamentos de fiscalização: são instrumentos de gestão de mobilidade, segurança e eficiência.
Entender a infraestrutura de mobilidade local, e especialmente os trechos críticos de fiscalização, é parte do planejamento logístico e da gestão de custos. Por isso neste artigo apresentamos esse conceito e como ele se aplica na sua rotina!

Origem e evolução das lombadas eletrônicas no Brasil
A lombada eletrônica surgiu no Brasil no início dos anos 1990, quando a tecnologia de fiscalização eletrônica começou a se consolidar. A cidade de Curitiba é considerada pioneira, tendo instalado o primeiro equipamento desse tipo em 1992. Desde então, a tecnologia evoluiu: sensores de velocidade, painéis de alerta, câmeras integradas e sistemas digitais de registro melhoraram a precisão e a aceitação do público.
Atualmente, estudos indicam que trechos com fiscalização eletrônica apresentam quedas expressivas em acidentes, informa o senhor Aldo Vendramin. Por exemplo, em Curitiba foi observada uma redução de cerca de 40% dos acidentes em sete anos de uso constante da lombada eletrônica.
Como funcionam essas tecnologias em trecho rural
Embora muitas pessoas associem tais equipamentos apenas ao ambiente urbano, as rodovias rurais e estradas de escoamento agro também se beneficiam desse tipo de fiscalização inteligente, elucida o empresário Aldo Vendramin. Funcionamento básico: sensores instalados no pavimento ou no meio-fio detectam a velocidade do veículo; se o limite for ultrapassado, o sistema registra imagem ou vídeo do veículo; painéis eletrônicos podem alertar o condutor em tempo real sobre a velocidade registrada.
Em trechos de transporte agroindustrial, próximo a silos, agroindústrias, rodovias com tráfego de caminhões, a instalação de sistemas de monitoramento ajuda a reduzir riscos como colisões, atolamentos ou acidentes com cargas. Além disso, existe integração crescente de tecnologia de radares com inteligência artificial para detecção de comportamento de risco, por exemplo, zonas urbanas monitoradas com sensores inteligentes registraram padrões que aumentavam risco de acidente em até 90 % em perímetros urbanos.
Benefícios para o setor agro e movimentação logística
Para o setor agroindustrial, investir ou levar em consideração a fiscalização eletrônica nas rotas de transporte traz vantagens práticas:
- Redução de sinistros: menos acidentes significam menor custo de manutenção, menor indisponibilidade de veículos e menor risco de carga danificada ou pérdia;
- Maior previsibilidade logística: trechos fiscalizados tendem a ter velocidades mais estáveis e menos interrupções por acidentes ou bloqueios, o que facilita o planejamento do escoamento;
- Gestão de risco de transporte: para produtores que definem cronograma de colheita, transporte e armazenagem, saber que a via está fiscalizada com equipamentos modernos serve como indicador de infraestrutura e segurança;
- Conformidade e imagem institucional: empresas e transportadoras que operam em rotas monitoradas e com controle de velocidade reforçam sua responsabilidade social e ambiental, melhorando relações com cooperativas, compradores e seguradoras.
Desafios tecnológicos e operacionais
Mesmo com os benefícios, há desafios a serem considerados:
- Percepção pública negativa: equipamentos de fiscalização eletrônica ainda são vistos por muitos como “armadilhas de multa”, o que pode gerar resistência da comunidade local;
- Infraestrutura em áreas remotas: trechos rurais podem ter limitações de energia, telecomunicações ou manutenção, o que exige adaptações tecnológicas;
- Custos de implantação: embora o custo tecnológico tenha caído, ainda implica investimento em sensores, telecomunicações e integração com os sistemas municipais ou estaduais;
- Integração de dados e políticas: para que os ganhos sejam concretos, é preciso que os dados gerados sejam usados para planejamento rodoviário, manutenção de pavimentos, melhoria da sinalização e educação para o trânsito.
Tendências e inovações para 2026 e além
O futuro das instalações de lombadas eletrônicas e fiscalização inteligente inclui:
- Sensores IoT e conectividade 5G, que permitem monitoramento em tempo real de tráfego, velocidades médias e fluxos de carga.
- Inteligência artificial aplicada, capaz de identificar comportamentos de risco, preferências de tráfego de caminhões e pontos críticos de acidentes.
- Placas e painéis dinâmicos, que ajustam o limite de velocidade conforme condição meteorológica, hora do dia ou tipo de veículo, novidade que tende a se expandir.
- Integração logística-transportadora, onde os dados de transporte agro podem ser conectados a sistemas de fiscalização e planejamento, criando rotas seguras e eficientes para escoamento de produção.
Conclusão
Como considera Aldo Vendramin, a mobilidade viária não é apenas um detalhe, é parte integrante da cadeia produtiva. Saber que as vias são monitoradas, que a fiscalização é inteligente e que os trechos críticos têm equipamento instalado significa menos imprevistos, custos menores e maior segurança para a operação. As lombadas eletrônicas e radares de velocidade são, por isso, mais do que instrumentos de punição: são ferramentas de gestão da mobilidade, da logística e da segurança no campo.
Investir em infraestrutura fiscal, entender a tecnologia e planejar o transporte com base em dados representam parte da modernização do agro brasileiro, onde a produção, o escoamento e a logística caminham juntos. E, conforme o empresário resume: no campo, o limite de velocidade não é apenas uma regra, é parte do plano de escoamento e segurança que protege a safra, a carga e as pessoas.
Autor: Charles Demidov

