Pesquisadores da Universidade Walden, em um estudo publicado no Journal of Psychosexual Health, alertam sobre os riscos à saúde para mulheres que não fazem sexo com frequência. O estudo revela que mulheres entre 20 e 59 anos que se abstêm de relações sexuais, fazendo sexo menos de uma vez por semana, apresentam um risco 70% maior de morte em um período de cinco anos. Essa descoberta destaca a importância da atividade sexual não apenas para a saúde física, mas também para o bem-estar emocional das mulheres.
Os pesquisadores observaram que a falta de atividade sexual está associada a níveis elevados de proteínas ligadas à inflamação no corpo. Essas proteínas podem causar danos a células, tecidos e órgãos, aumentando o risco de doenças crônicas. Em contraste, as mulheres que mantêm uma vida sexual ativa apresentam níveis mais baixos dessas proteínas, sugerindo que a atividade sexual pode ter um efeito protetor sobre a saúde.
Curiosamente, o estudo não encontrou o mesmo padrão entre os homens. Para eles, a frequência sexual não se correlacionou com um aumento no risco de morte. Isso levanta questões sobre as diferenças de gênero em relação à saúde sexual e os impactos que a atividade sexual pode ter em cada sexo. A pesquisa sugere que, para as mulheres, a expressão sexual é um componente essencial da saúde física e mental.
A atividade sexual é considerada benéfica para a saúde cardiovascular, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. Esses fatores são cruciais para a manutenção de um coração saudável e podem contribuir para a longevidade. Portanto, a falta de sexo pode não apenas afetar a saúde física, mas também impactar a saúde mental e emocional das mulheres.
Os dados foram coletados a partir de pesquisas nacionais dos Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC), que incluíram informações sobre depressão, obesidade, etnia e relatos de atividade sexual de mais de 14 mil participantes. A análise revelou que, independentemente de raça, gênero ou idade, a frequência sexual regular parece ser benéfica para a maioria dos adultos, mas especialmente para as mulheres.
A pesquisa também destaca a necessidade de uma maior conscientização sobre a saúde sexual das mulheres. Muitas vezes, a sexualidade feminina é negligenciada em discussões sobre saúde, e essa falta de atenção pode ter consequências graves. É fundamental que as mulheres sejam encorajadas a falar abertamente sobre suas vidas sexuais e a buscar apoio quando necessário.
Além disso, a pesquisa sugere que profissionais de saúde devem considerar a frequência sexual como um fator importante ao avaliar a saúde geral das mulheres. A promoção de uma vida sexual saudável deve ser parte integrante das orientações de saúde, ajudando a prevenir problemas de saúde a longo prazo.
Em resumo, o estudo revela que a baixa frequência sexual pode representar riscos significativos à saúde para mulheres. A atividade sexual não é apenas uma questão de prazer, mas também um componente vital da saúde física e mental. Portanto, é essencial que as mulheres reconheçam a importância de manter uma vida sexual ativa e busquem apoio para garantir seu bem-estar geral.